tenho uma alegria no rosto, a minha pele chama por ti e a minha atracção fatal pelos teus olhos continua fixa num ponto chamado ansiedade após declarações de amor.
um salpico de emoção e elevada concentração de surpresas e um pouco de nervosismo feminino. a boa vida está a acabar e não quero voltar ao mundo normal.
facilitaste-me a vida com este final.
sabe bem uma festa desconhecida, um dia de harmonia e um cheiro de ax de chocolate.
despistei-me nas tuas palavras que no fim de secarem sabem mal.
sem medos e represálias sinto-me completamente nua e despida por ti. depois de me teres deixado.
posso atirar-te uma bomba ás mãos e brincarmos à batata quente e no fim ficas tu com ela agarrada aos dedos ?
salvas-me se estiver em apuros?
eu tranformava-te numa coisa só minha. onde só eu é que te podia tocar e falar. seriamos nós e o ar que nos falta. não sobrariam sombras. faziamos tudo de cor e tudo no preto no branco numa resolução de saidas. só me fartava do que não existia por não termos. até as vozes se tornavam silenciosas só para te ver sorrir.
cada coisa a seu tempo. não me esperneias é mais as pernas. preciso delas para seguir em frente.
tinha muita coisa para te dizer hoje. inicialmente, era só para saberes que me fizeste tremer ontem enquanto me davas um abraço de consolo, depois não vejo a hora de saber o que tu és, se representas mais do que suponho ou penso e chamo por tempos fundos e opressores, mais? só me resta falar-te de eu ter o poder em ti, aquele que tu dizes que é desumano por ser matreiro e por ter sido o primeiro a escapar-te fora de controlo e perdes-te os sentidos. foste.
houve uma vez que esgotei a minha voz de tanto gritar por ti.
achas que um dia vamos deixar de ser tipo cão e gato ?
faz de conta que fazemos isto juntos e limito a asfixiar-me de ti e tu morres de seguida e a história termina assim.
é um sufoco que não consigo largar por pensar que tinha de te perder, perdi-te.